Dois Josés: Bernnô e Bezerra
Dois Josés que têm em comum a arte e que neste Viewing Room trazemos a vocês.
Bernnô pintor tinha uma funilaria onde personalizava automóvies usando a pintura, que era sua paixão. Às 18 h fechava a oficina e dedicava-se a pintar telas. Nasceu talentoso, mas trabalhou muito para que seu talento fosse reconhecido. Fez faculdade de Belas Artes em São Paulo, foi aluno dos pintores Paulo Pasta e Marco Giannotti e fez curso de História da Arte com o crítico e professor Rodrigo Naves.
Sobre ele, diz Marco Gianotti, no texto curatorial do catálogo da sua exposição na Galeria Estação, em 2016: “Suas pinturas resistem à palavra, denotam até um certo brutalismo que nos faz pensar nas estruturas pintadas de Vermelho que sustentam o Masp. Colocam-se no espaço de timidez”.
Ainda segundo Gianotti, “Podemos notar que tanto o artista do Cambuci (Volpi) como o do Bairro do Limão (Bernnô) absorvem a singularidade da pintura moderna com muita propriedade, embora com faturas radicalmente distintas. Ambos chamam a atenção para o aspecto rústico de suas construções”.
Bezerra, escultor pernambucano nascido em Buique, teve sua primeira exposição em 2009 na Galeria Estação, com curadoria de Rodrigo Naves.
Vilma Eid