encerrado
17.08.2017 a 20.08.2017
| - Brazil

INTRODUÇÃO

Semana de Arte 2017
Galeria Estação | Estande 14

Horários:
Dia 17 (quinta-feira): 12h - 22 h (apenas convidados)
Dias 18 (sexta-feira) e 19.08 (sábado): 12h – 20h
Dia 20 (domingo): 12h – 18h

Local:
Hotel Unique
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.700
São Paulo -- SP -- 01402-002

Entrada: R$80?

MAIS INFORMAÇÕES

Semana de Arte 2017
Galeria Estação | Estande 14

Horários:
Dia 17 (quinta-feira): 12h - 22 h (apenas convidados)
Dias 18 (sexta-feira) e 19.08 (sábado): 12h – 20h
Dia 20 (domingo): 12h – 18h

Local:
Hotel Unique
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.700
São Paulo -- SP -- 01402-002

Entrada: R$80

RELEASE

Sete dias no mundo da arte

Organizada em torno de uma feira que reúne um seleto time de galerias brasileiras e estrangeiras sob um conceito curatorial inovador, a Semana de Arte apresenta ainda uma série de espetáculos e atividades culturais exclusivos, oferecendo ao visitante uma experiência singular.
A Semana de Arte, que vai ocupar São Paulo entre os dias 14 e 20 de agosto de 2017, se propõe a celebrar, discutir e ampliar um mercado que vem crescendo de forma ímpar nos últimos 15 anos, na cidade que se consolidou como seu epicentro. Capitaneado pelos galeristas Luisa Strina e Thiago Gomide, pelo curador Ricardo Sardenberg e pelo empresário cultural Emilio Kalil, o evento – apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Banco Bradesco – se organiza em torno das artes visuais, mas vai muito além: a Semana começa com uma série de espetáculos exclusivos e gratuitos de artes cênicas, música, dança, cinema e literatura espalhados por diversos espaços, passa por um ciclo de palestras com direito a convidados internacionais, por uma série de passeios arquitetônicos, e culmina em uma feira de arte com conceito curatorial inovador, que reunirá um seleto time de galerias do Brasil e do mundo.

– É uma feira pequena, em que nós curamos as galerias e também as obras que serão levadas. É como se estivéssemos organizando dezenas de exposições simultâneas – resume a marchande Luisa Strina, que abriu a galeria que leva seu nome em 1974 e no ano passado figurou entre as pessoas mais influentes no mundo das artes pelas revistas “ArtReview” e “Vanity Fair”. – Queríamos uma feira que não tivesse só o enfoque do mercado, que tivesse em volta dela uma semana cheia de cultura.

– O que não falta no mundo é feira – completa Thiago Gomide, sócio-diretor da galeria Bergamin & Gomide. – Já que o mercado se desenvolveu tanto em São Paulo nos últimos anos, sentimos que há espaço para outro modelo, que se diferencie no critério das escolhas, na qualidade do conteúdo, que ofereça uma experiência singular, pensada nos mínimos detalhes. O importante é que ela surpreenda, que não tenha cara de um grande evento comercial, que o visitante perceba que tudo ali foi pensado, discutido, selecionado. Mais do que uma feira, trata-se de um grande evento de artes.

A ideia é oferecer um novo formato, em que os mercados primário e secundário não serão divididos em seções distintas e os estandes – dispostos sem hierarquia, sempre ocupando espaços entre 25 e 33 metros quadrados – passarão pela curadoria de Ricardo Sardenberg, focada na criação de um fluxo entre os espaços de cada expositor e num envolvimento mais profundo tanto com as obras à mostra quanto com a proposta das próprias galerias. Todas apresentarão projetos especiais, sejam solos, diálogos entre dois artistas ou em torno de temas específicos – caso da remontagem da sala da Bienal Internacional de Arte de São Paulo de 1977 do artista Ridyas, falecido aos 30 anos, em 1979, e de uma mostra focada no Dadaísmo e no Surrealismo e seus desdobramentos na arte brasileira da primeira metade do Século XX. A diversidade de nomes, períodos e procedências chama a atenção: de Lygia Clark, Hélio Oiticica, Dadamaino e Martin Kippenberger a Marcius Galan, Amalia Giacomini, Los Carpinteros e Carlos Bunga.

A feira acontece de 18 a 20 de agosto no Hotel Unique (a abertura para a imprensa e convidados se dará ao longo da quinta-feira 17 de agosto). Entre as participantes estão casas que não costumam frequentar o circuito brasileiro com assiduidade, como Luhring Augustine e Alexander and Bonin (ambas de Nova York). Franco Noero (Turim), Galleria Continua (San Gimignano) e Galería Elba Benitez (Madri) também marcarão presença. No rol nacional, figuram algumas das principais e/ou mais interessantes galerias do país. Na contramão do modelo de inscrições abertas comum às grandes feiras que se multiplicam pelo calendário mundial, todas as participantes terão sido eleitas e convidadas pela organização da Semana de Arte.

– Costumo dizer que é uma feira para os profissionais e para quem frequenta o mercado de fato. Não é um programa social, é para quem está envolvido mesmo. Vivemos um processo de especialização do mercado de arte em São Paulo, por isso uma feira para gente da área, uma vez que esse mercado cresceu tanto, se profissionalizou tanto e se diversificou tanto recentemente. Os colecionadores estão muito mais sofisticados, independentemente do padrão de capacidade econômica – diz Sardenberg, que foi o primeiro curador do Instituto Inhotim e cofundador da editora Cobogó. – Poderia ser só a feira, mas imagino a cidade de São Paulo, o maior centro metropolitano da America Latina, como um verdadeiro caldeirão cultural, e penso que isso deve ser estimulado. A Semana é a nossa contribuição. Além de cuidar da curadoria da feira, Sardenberg é responsável por um ciclo de palestras que ocupará o auditório do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo na terça-feira 15 de agosto. Às 10h, Fernanda Brenner, do Pivô, e Bernardo José de Souza, da Fundação Iberê Camargo, convesam sobre modelos curatoriais em instituições privadas sem fins lucrativos no contexto político brasileiro atual. Às 11h30m, o artista plástico Bernardo Ortiz fala sobre o exercício de caminhar pela paisagem atento à percepção – uma divagação que passa por descrição de cores e por questionamentos sobre como as coisas são construídas e como permanecem. Às 14h30m, o crítico e curador Paulo Sérgio Duarte recebe a curadora Maria do Carmo Pontes para discutir a obra do artista Antonio Dias, que durante a feira terá um solo com trabalhos dos anos 1970 no estande da Galeria Nara Roesler. Para fechar o dia, às 16h30m, a historiadora da arte e curadora Isobel Whitelegg, diretora do MA Art Museum & Gallery Studies da Universidade de Leicester, apresenta a sua pesquisa sobre a História das bienais na América Latina nos anos 1970 e 1980, que termina com a Terceira Bienal de Havana, em 1989, provocando uma discussão sobre os significados da globalização para essas mostras.

– A partir de 1989 ocorre uma transformação estrutural, não só do ponto de vista institucional, mas também do mercado e, claro, da produção artística. Até então as pessoas só colecionavam arte do seu país, ou estavam no eixo EUA-Europa. Ali se deu uma grande virada do que a gente entende hoje como uma arte global no contexto contemporâneo – comenta Sardenberg. – E a hora não poderia ser mais apropriada para debater esse assunto, porque estamos vivendo um período de crise da globalização. O mundo vive uma ressurreição do Estado nacional, uma busca por uma identidade nacional em vez de uma identidade cultural. Basta acompanhar a atual situação política e econômica; tudo isso está sendo posto em xeque. Não sabemos se vai acontecer um esgotamento ou uma grande reforma, mas há um debate muito forte em cima disso. No meio das artes ainda não é muito claro quais serão as implicações, mas, dependendo dos desdobramentos politicos, certamente haverá efeitos. A programação além-artes visuais está a cargo de Emilio Kalil, que em 40 anos dedicados à gestão de atividades culturais dirigiu o Grupo Corpo, produziu a Bienal de São Paulo e, mais recentemente, foi Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e presidente da Fundação Cidade das Artes, além de já ter passado pela direção dos dois mais importantes teatros do Brasil, os Municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Kalil organizou uma série de apresentações de teatro, dança, música e literatura, sempre pautadas pelo ineditismo.

– A ideia é que a Semana de Arte rode São Paulo – pontua.  A lista de atrações – todas gratuitas, sujeitas à lotação de cada espaço – é extensa. Em Dança e artes visuais: encontros, que toma o teatro Tucarena da PUC-SP na segunda-feira 14 de agosto, a curadora Helena Katz se debruça sobre obras de coreógrafos que flertaram com as artes visuais – caso da parceria de Martha Graham com Isamu Noguchi, do encontro de Lia Rodrigues com a obra de Tunga ou de Loie Fuller imortalizada por Toulouse Lautrec –, em vídeos apresentados ao vivo pela atriz Maria Luisa Mendonça. No dia seguinte, também no Tucarena, Escrevivência com o coração na ponta dos dedos reúne a escritora Conceição Evaristo e o bandolinista e compositor Hamilton de Holanda em uma mesa-show que abordará a literatura e a música, sempre ressaltando a presença das culturas diaspóricas africanas na pluralidade das artes brasileiras.

Na quarta-feira 16 de agosto, no mesmo local, Hamilton Vaz Pereira comandará uma leitura dramatizada da peça Trate-me leão, uma das mais emblemáticas do grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, interpretada por atores da nova geração para celebrar os 40 anos depois da estreia. E no sábado, 19 de agosto, haverá uma exibição especial do documentário Maria – Não esqueça que eu venho dos trópicos, que resgata a vida e a obra de Maria Martins (1894-1973), reconhecida como uma das maiores escultoras brasileiras – esposa de um grande diplomata brasileiro, ela manteve uma ligação amorosa de 20 anos com o artista francês Marcel Duchamp. Após a projeção, no CineSesc da Rua Augusta, os diretores Francisco Martins e Elisa Gomes participam de um debate com Graça Ramos, autora do livro Maria Martins – Escultora dos trópicos.

– Maria Martins circulou de forma importante pelo mundo. Pode-se dizer que ela foi uma precursora do que está acontecendo hoje com a arte brasileira – frisa Kalil. A Semana de Arte se completa com quatro passeios por marcos arquitetônicos de São Paulo guiados pelo arquiteto Aieto Manetti. Dois serão autorais, percorrendo edificações de Lina Bo Bardi (no domingo 20 de agosto, às 10h) e Paulo Mendes da Rocha (também no domingo 20 de agosto, às 15h); os demais focarão nas regiões de Higienópolis (numa espécie de pré-abertura do evento, no sábado 12 de agosto, às 11h) e do Centro (no sábado 19 de agosto, às 15h). A participação nos trajetos, que serão feitos a pé e/ou de van, se dará mediante inscrição pelo e-mail educativo@semana.art.

Confiante na amplitude do programa, Thiago Gomide – que trabalhou como produtor do Inhotim e executivo da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro – conclui: Para quem gosta, consome e vive em volta de arte, está tudo ligado, tudo tem a ver, tudo é inspiração.
Isabel De Luca

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