A Galeria Estação tem o prazer de anunciar sua participação na próxima edição da Armory Show, que acontece de 7 a 10 de setembro, no Javits Center (Nova York, EUA). Trata-se de uma das feiras de arte mais tradicionais da atualidade, na qual a galeria apresenta um conjunto de trabalhos dos artistas brasileiros André Ricardo (1985, São Paulo), Santídio Pereira (1996, Piauí) e Véio (Cícero Alves dos Santos. 1948, Sergipe). São três gerações, cujas heranças culturais distintas contribuem para a pluralidade das pesquisas, enfatizando a importância do estudo multidisciplinar e a riqueza na diversidade de materiais na arte.
Natural do interior do estado do Piauí, Santídio Pereira apresenta um conjunto de trabalhos inéditos em xilogravura, bem como objetos, realizados a partir de pesquisa iconográfica da natureza brasileira, encarnados aqui nas figuras de plantas nativas como bromélias, macambiras e abacaxizeiros. Dono de uma técnica própria em xilogravura, na qual subverte a tradicionalidade de seus processos, o artista parte da criação de "obras-objetos" que cumprem a função das matrizes de impressão. Concebidas como obras de arte, essas peças são justapostas para compor uma nova obra. Além dessas, a galeria apresenta xilogravuras da série "Morros", uma das mais emblemáticas de Santídio Pereira, realizadas com tinta off-set. A série resgata paisagens, ou seja, horizontes que um dia cruzaram o imaginário do artista e serviram como termômetros para sua experimentação com cores, já que apesar de monocromáticas trazem um adensamento de possibilidades. Recentemente, Santídio Pereira participou de mostras na Galeria Xippas (Punta del Este, Uruguai), Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre, Brasil), Bortolami Gallery (Nova York, EUA), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain - Triennale di Milano, (Milão, Itália), Power Station of Art (Xangai, China), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (Paris, França), dentre outros.
André Ricardo, natural do estado de São Paulo, especializou-se na pintura, da qual trabalha a transparência e a potencialidade das cores através da técnica milenar da têmpera. Para esse conjunto de pinturas, o artista resgata aspectos da herança cultural brasileira, que parte da arquitetura popular, por meio das fachadas das casas e comércios das comunidades. O artista é inspirado por essa geometria espontânea e intuitiva, que reúne elementos próprios de uma simbologia particular e sincrética, e traduz a visualidade comum brasileira. Essa geometria, combinada de diferentes formas na tela pelo artista, invade nossas memórias e abraça nosso repertório imagético e afetivo, intensificado pela dimensão corporal atribuída às obras. O trabalho de André Ricardo já participou de mostras na Hutchinson Modern & Contemporary (Nova York, EUA), Fundaç?o Iberê Camargo (Porto Alegre, Brasil), Addaya Centre d'Art Contemporanea (Mallorca, Espanha), Galeria Mendes Wood DM (Nova York, EUA), Lamb Arts (Londres, Inglaterra), além participação em residência artística na RU - Residency Unlimited (Nova York, EUA), em 2022.
As esculturas de madeira de Véio, como é conhecido, aludem aos elementos da cultura popular sertaneja e podem ser consideradas verdadeiros registros dos costumes da região onde mora, interior do estado de Sergipe. A partir de pedaços de madeira encontrados, o artista entalha figuras seguindo seus contornos naturais, que ao final ganha cores e detalhes, em combinações que contam as histórias e referências que povoam a vida do artista, como nas obras apresentadas, que já passaram inclusive por espaços importantes, como Fondation Cartier pour l’Art Contemporain e Etel Milano (Milão, Itália), além da mostra "Becoming Marni, parte da programação paralela à 56º Bienal de Veneza, na Abadia de São Gregório (Veneza, Itália).
