encerrado
07.06.2021 a 13.06.2021
online | São Paulo - Brazil

INTRODUÇÃO

José Antônio da Silva: Paisagem e Cultura (1950-1970)

José Antônio da Silva: Paisagem e Cultura é uma exposição que consiste em uma seleção de 12 pinturas que abrangem sua trajetória entre os anos 1950 e 1970, com destaque para as paisagens e cenas do cotidiano.

A seleção de obras enfatiza a prática e a paixão de José Antônio em retratar acontecimentos do cotidiano, e a paisagem que o cercava: vaqueiros pastoreando vacas, cenas de cidade, a forma como as árvores eram cortadas para limpar uma vasta área para plantações, ou trens que circulavam na paisagem .

Nossa curta seleção enfoca a relação entre os humanos e a paisagem em mudança.

texto

José Antônio da Silva: Paisagem e Cultura


É com grande satisfação que a Galeria Estação apresenta na SP Arte – Viewing Room 2021 a mostra individual da obra de José Antônio da Silva, composta por uma seleção de 12 pinturas que abrangem sua trajetória entre os anos 1950 e 1970, com um foco especial em suas paisagens e cenas do cotidiano.


O Brasil sempre foi prodigioso em gerar o que se convencionou caracterizar no século XX como artistas forasteiros ou primitivos. Via de regra pessoas auto-didatas  e incultas que vieram de classes menos privilegiadas. Talvez um dos mais conhecidos entre eles no Brasil seja José Antônio da Silva. Nascido em 1909, em Sales de Oliveira, interior de São Paulo e falecido em 1996 na cidade de São Paulo. Sua trajetória percorreu toda a segunda metade do século XX, tendo seu auge nas décadas de 50 e 60 quando expôs várias vezes na Bienal de São Paulo, duas vezes na Bienal de Veneza e uma vez no Carnegie International, entre muitos outros locais. Embora seja extensamente colecionado no Brasil, suas pinturas estão nas mais importantes coleções institucionais locais, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC) e a Pinacoteca de São Paulo.


José Antônio da Silva sempre pintou rápido e nos mais diversos estilos, mantendo a capacidade de soluções plásticas originais. Ele se inspirou muito no cotidiano, nas festividades, nos eventos religiosos e na paisagem geral do interior de São Paulo, que foi mudando rapidamente ao longo da segunda metade do século XX. Para alguns, como o crítico de arte Theon Spanudis, “Silva como artista foi tão importante quanto Volpi”, um pintor brasileiro que conquistou nos últimos anos uma melhor reputação internacional.


A nossa seleção de trabalhos centra-se no quotidiano e nos acontecimentos que rodeavam José Antônio, os quais ele retratava tão bem: vaqueiros a pastorear vacas, cenas de cidade, a forma como as árvores eram cortadas para abrir uma vasta área para plantações, e trens a circular na paisagem. Nossa curta seleção enfatiza essa relação entre os humanos e a paisagem em mudança.


Para um melhor entendimento internacional, deve-se entender que, ao contrário dos contemporâneos de José Antônio, artistas urbanos, muito envolvidos na pesquisa da abstração geométrica, suas pinturas estão ligadas a artistas do alto modernismo da primeira metade do século, como Tarsila do Amaral. Seus temas sempre foram os hábitos religiosos e as festividades, o cotidiano dos trabalhadores rurais e das famílias, o humor de quem vem de uma cidade pequena diante do sofisticado estilo de vida das grandes cidades.


A Galeria Estação espera que este projeto contribua para um olhar mais amplo sobre a cultura brasileira do século passado.

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