encerrado
19.10.2021 a 20.11.2021
Rua Ferreira Araújo, 625 - Pinheiros Cep: 05428-001 São Paulo - SP | Brasil | São Paulo - Brazil

CENOGRAFIA

INTRODUÇÃO

André Ricardo

Esta é a primeira exposição individual do jovem e talentoso André Ricardo na Galeria Estação. Ele está conosco desde o final de 2019.
Passamos juntos a pandemia trabalhando e aguardando ansiosamente o momento de mostrar a sua mais recente produção.
Durante esse período, fomos nos aproximando, estreitando os nossos laços. André tornou-se, além de artista, um amigo de todos nós na galeria. 
Foi um dos brilhantes alunos do pintor Paulo Pasta.
Tadeu Chiarelli foi o desejo dele para a curadoria, o que nos honrou. Há anos acompanha seu trabalho e com entusiasmo aceitou essa missão.
Ao apresentarmos as obras aqui expostas, mostramos nosso orgulho e entusiasmo com esse artista, cujo caminho passamos a acompanhar.

Vilma Eid

curador

André Ricardo: entre o que pintar e o como pintar
Tadeu Chiarelli


 


Desde os anos 1980 me interesso por artistas que usam imagens prontas para produzirem seus trabalhos. Em 1987, inclusive, ao realizar minha primeira curadoria – Imagens de segunda geração, no mac usp1 –, tratei desse problema então já visível no ambiente artístico de São Paulo. Na época a utilização de imagens prontas era conhecida como “apropriacionismo” ou “citacionismo”.


Embora alguns autores depressa tenham decretado que o “apropriacionismo” não passava de uma moda, de mais um “ismo”, fruto da onda neoliberal que relativiza tudo, o fato é que o uso de imagens prontas já fazia parte do processo constitutivo das produções de vários profissionais, fenômeno que se generalizou poucos anos depois, após o advento e popularização dos meios digitais (os pcs, os telefones celulares capazes de tirar e enviar fotos etc.). O uso de imagens apropriadas desses grandes bancos de imagens digitais tornou-se a base para a produção de vários artistas, o que, em muitas delas, não retira a intenção de produzir pinturas questionadoras do relativismo presente em nossas vidas.2 Porém, é preciso levar em conta que, para muitos, a apropriação de imagens não foi a única opção para a produção de seus trabalhos iniciais.


A recente trajetória do paulistano André Ricardo é um bom exemplo. Apesar de criado no mundo reorganizado pela internet (ele nasceu em 1985), sua produção inicial se estabeleceu a partir de desenhos elaborados em suas viagens cotidianas entre o Grajaú (bairro paulistano nas bordas sul de São Paulo) e a usp (zona oeste da cidade). Produzidos como continuidade dos exercícios produzidos nas aulas do Departamento de Artes Plásticas da eca usp, os desenhos realizados nos ônibus (às vezes parados nos congestionamentos, às vezes em alta velocidade) aos poucos foram sendo substituídos por outros desenhos, reminiscências daqueles deslocamentos em que André se impressionava com a quantidade de caminhões com caçambas basculantes e escavadeiras espalhadas pelas ruas e avenidas – e também frutos de vivências ainda mais antigas.3


Com o passar do tempo, essas reminiscências começaram a ser traduzidas para a tela, demonstrando, de pronto, o quanto o jovem pintor parecia caminhar pela tradição da pintura, ecoando um universo formal específico: aquele de tradição construtiva.4


Essas primeiras pinturas de André não citavam trabalhos específicos dos grandes nomes daquelas vertentes. Pareciam citações “alargadas”5 daqueles movimentos, mais ou menos aquilo que o austríaco/britânico Ernst Gombrich – pronunciando-se sobre outros períodos da arte – denominou como sendo a schemata:


Essas tribos [...], rejeitaram a beleza clássica em favor do -- abstrato. Talvez na verdade fossem contrárias a toda e qualquer forma naturalista, mas, se isso é verdade, precisamos de alguma outra prova. O fato de que, ao ser copiada e recopiada, a imagem fica assimilada na schemata dos seus próprios artesãos demonstra a mesma tendência que fez o gravador alemão transformar o castelo de Sant’Angelo num Burg de madeira. A “vontade de formar” é uma “vontade de conformar”, ou seja, a assimilação de qualquer forma nova pela schemata e pelos modelos que um artista aprendeu a manipular.6


 


Um jovem artista que se exercitava representando a realidade que o circundava, quando vai traduzir para o território da pintura as memórias de suas andanças por São Paulo, ele as traduz dentro de esquemas por ele entendidos como fundamentalmente atuais: a schemata construtiva.


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Envolvido com as questões formais que estruturavam sua produção, André passou a se preocupar cada vez mais com aquela tradição a que se filiara quase que à sua própria revelia, deixando que ela invadisse suas prioridades, colocando em segundo plano outro interesse sempre presente em sua consciência: a necessidade de diálogo entre a sua produção e a realidade brasileira. Assim, foi a partir dos episódios ocorridos no país entre 2015/2016 que o artista estabeleceu aquela que seria a primeira “correção de rota” de sua carreira: impregnado pelas questões que envolviam o Brasil naquele período, começa a ficar claro para o pintor que a preocupação estrutural que mantinha com os elementos constitutivos da pintura – o plano, a linha e a cor – já não bastava para aplacar seu desejo de estabelecer-se de maneira mais entranhada na realidade social e política do seu entorno.


Afinal, há muito suas pinturas haviam deixado de se caracterizar como abstrações de seus deslocamentos por São Paulo, para se resumirem a manifestações dentro da tradição construtiva. Foi a partir dessa consciência que André Ricardo foi trazendo para dentro de sua poética outros aspectos de suas andanças por São Paulo: ele começou a se interessar por aspectos da arquitetura vernacular da cidade – sobretudo aquela que encontrava em seu caminhar por Campo Limpo, outro bairro da cidade, para onde se mudara – deixando-se impregnar por essas formas. Aos poucos André passa a povoar suas pinturas com formas retiradas das fachadas das residências do bairro, pontuando com elas as estruturas construtivas que ainda permaneciam em sua produção.


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Interessante o movimento do artista: seu interesse pela realidade que via durante seus deslocamentos quando estudante o levara às abstrações em diálogo com a tradição construtiva; em um determinado momento esse caminho passa a não mais o satisfazer, quando o percebe afastado da impregnação daquela realidade que num primeiro momento as motivara. Como antídoto, André, então, olha de novo para o entorno para dele voltar a extrair sumo novo para o desenvolvimento de sua poética.


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O conjunto de obras que constitui a mostra de André Ricardo na Galeria Estação congrega desde aquelas que espelham a referência aos elementos ornamentais de casas suburbanas – formas decorativas e ingênuas, deglutições modestas do art déco7 – até imagens que ele foi buscar no universo visual de artistas os mais diversos.


Nessas obras André agrega às estruturas de início de carreira signos vindos de variadas origens. É como se ele, após seus deslocamentos reais por São Paulo, desenvolvesse agora um transitar virtual, contínuo pela história das imagens. Se, de alguma maneira, ele preserva a schemata herdada da tradição construtiva, é inegável como pontua essas alusões com citações que, de imediato, remetem tanto para aqueles universos de artistas eruditos que escrutinaram/escrutinam a visualidade popular, quanto para aqueles que dela brotaram.


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Mas, se a pintura de André estivesse circunscrita apenas a essas características, ela seria pouco diferente da produção de vários artistas de sua geração: uma pintura bem informada e “criativa”, com signos vários, hauridos aqui e ali na internet.


Acontece que a produção de André difere daquelas de muitos de seus colegas pelo fato de que, a cada pincelada, denuncia um conhecimento precioso a respeito de como atuar sobre o campo pictórico. André não cita Alfredo Volpi e Eleonore Koch, por exemplo, apenas por meio de formas e/ou espacializações; ele os cita igualmente desenvolvendo em suas telas um saber pictórico sofisticado e altamente erudito aprendido na observação atenta das obras daqueles e de outros artistas do cânone mais respeitado da pintura ocidental.


A preocupação com o vernacular é visível nas alusões diretas ou indiretas (conscientes ou inconscientes) que André faz das obras de Emmanuel Nassar, Gilvan Samico, Antonio Maia, Véio, Alcides e tantos outros – apesar de André demonstrar estar mais interessado naquilo que transborda desses universos visuais tão peculiares, do que apenas nos signos usados por todos esses artistas.


Mas não nos deixemos enganar: tais referências a essa ampla cultura visual de extração popular estão ancoradas numa tradição pictórica em que o “como pintar” é tão ou mais importante do que “o que pintar”.


 


1 “Considerações sobre o uso de imagens de segunda geração na arte contemporânea”. chiarelli, Tadeu (cur.). Imagens de segunda geração. São Paulo: MAC USP, 1987. Republicado como “Imagens de Segunda Geração" in chiarelli, Tadeu. Arte internacional brasileira. 2. ed. São Paulo: Lemos Editorial, 2002, pp. 100 ss.


2 Dou início à discussão sobre o assunto no texto: “Sobre os espelhos de Bruno Dunley ou em busca da lanterna dos afogados”. Tadeu Chiarelli. Texto para a mostra individual do artista Bruno Dunley – No meio – ocorrida na Galeria Nara Roesler, entre 23 de junho e 11 de agosto de 2018. Disponível em: <https://nararoesler.art/exhibitions/137/>.


3 André Ricardo nunca se esqueceu dos poucos meses em que, com 11 anos, trabalhou numa loja de material para construção. Desde aquela época esses veículos o interessam como formas que se movimentam, criando ângulos e planos inusitados.


4 Importante esclarecer que, aqui, entendo como pertencentes à “tradição construtiva” todos aqueles artistas que, desde o início do século passado, vêm discutindo os elementos constitutivos da pintura (o plano, a cor, a linha). Nesse universo englobo desde os neoplasticistas até os artistas da hard edge; desde os construtivistas russos até os concretos e neoconcretos brasileiros. Nesse grande universo, incluiria igualmente dois artistas importantes na formação de André Ricardo: Marco Giannotti e Paulo Pasta, expoentes da “pintura paulista”, que, cada um à sua maneira, ensinaram o artista em formação a conhecer e valorizar a pintura de Alfredo Volpi (outro “construtivo”).


5 O crítico italiano Roberto Pasini foi quem cunhou os dois tipos de citação: a “pontual” e a “alargada”: pasini, R. “Il falso viaggiatore”, in Anni Ottanta, Milão: Mazzotta, 1985.


6 gombrich, Ernst. Arte e ilusão: um estudo da psicologia da representação pictórica. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 79.


7 Ainda muito comuns no interior do Nordeste brasileiro, esse tipo de ornamentação ainda pode ser visto em outras regiões do país, assim como nas cidades do interior de São Paulo e mesmo nas franjas da metrópole paulista.

RELEASE

“ANDRÉ RICARDO: PINTURAS” REÚNEOBRAS DO ARTISTA EM SUA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL NA GALERIA ESTAÇÃO


Com abertura em 19 de outubro e curadoria de Tadeu Chiarelli, mostra leva ao público cerca de 40 obras concebidas pelo pintor após dois anos de isolamento que resultaram em intensos momentos de introspecção e produção


 


“Só posso falar de pintura, pintando”. Com essa frase, diminuta, porém plena de significância, o artista plástico André Ricardo expressa o que é, para ele, o exercício de seu ofício. Aos 36 anos de idade ele abre, em 19 de outubro, uma exposição individual na Galeria Estação, a primeira dele neste espaço cultural localizado em Pinheiros e que reúne cerca de 40 telas selecionadas sob o olhar curatorial de Tadeu Chiarelli. Alinhada ao discurso do artista, o nome escolhido para a mostra, “André Ricardo: Pinturas”,é uma síntese que remete diretamente a seu fazer pictórico e fala, por si, ao apresentar ao púbico as obras escolhidas.


Para Chiarelli, nas telas que integram a exposição é visível como o artista agrega às estruturas de início de carreira signos vindos de variadas origens. “É como se ele, após seus deslocamentos reais por São Paulo, desenvolvesse agora um transitar virtual, contínuo pela história das imagens. É inegável como pontua essas alusões com citações que, de imediato, remetem tanto para aqueles universos de artistas eruditos que escrutinam a visualidade popular, quanto para aqueles que dela brotaram”, afirma o professor sênior do Curso de Artes Visuais da USP, ex-curador-chefe do MAM de São Paulo e ex-diretor da Pinacoteca do Estado e do MAC-USP. Ainda de acordo com Chiarelli, a produção de André difere daquelas de muitos de seus colegas. Ele pondera: “Isso ocorre pelo fato de que, a cada pincelada, ele denuncia um conhecimento precioso a respeito de como atuar sobre o campo pictórico, desenvolvendo em suas obras um saber sofisticado e altamente erudito aprendido na observação atenta dos trabalhos daqueles e de outros artistas do cânone mais respeitado da pintura ocidental”.


Uma opinião, por sinal, que também é compartilhada pela galerista e colecionadora de arte Vilma Eid.  “O que me intrigou e encantou no trabalho do André é a sua força de imprimir veracidade e demonstrar um grande afã pela vida, além de seu comprometimento com a arte. Quando olho para ele, vejo o artista e o pintor. E, sem dúvida, é um dos mais sérios que já conheci”, afirma. Sobre a entrada dele no rol de artistas representados pela Estação, ela diz: “A vinda do André decorre de um processo natural de conhecimento que evoluiu. Além disso, ele comunga dos nossos ideais. André está conosco desde o final de 2019. Passamos juntos a pandemia trabalhando e aguardando ansiosamente o momento de mostrar a sua mais recente produção”, diz.


Impactos estéticos e ressignificação


A história de André com a Estação, porém, antecede sua chegada à galeria. Iniciado no domínio de tintas e pincéis desde muito jovem, sempre expressou sua arte em telas e compartilhando seus conhecimentos por meio de aulas particulares e em instituições públicas e privadas. Entre as muitas visitas a galerias e museus da capital paulista, por várias vezes levou seus alunos à Estação. Entre tantas idas e vindas, uma em especial, em 2017, quando conheceu o trabalho do pintor mineiro Neves Torres, o impactou diretamente.


“Na Estação, acabei tendo contato com uma linguagem estética de um universo de artistas que até então pouco conhecia ou desconhecia, dentro e fora do meio acadêmico, mesmo tendo me formado em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Aqui, fiz uma imersão em uma história da arte repleta de surpresas e sagacidade. Um verdadeiro refresco de referências onde existia uma ponte entre a produção popular e a contemporânea. E é esse sentido da arte que me interessa. Nesse contexto, e particularmente após ver as telas de Neves Torrese de Alcides Pereira dos Santos, que também é outra referência marcante para mim entre os artistas que conheci aqui na galeria, parei para repensar meu trabalho diante de tudo que vi”, diz.


A identificação com essa gramática pictórica que conheceu, afirma o artista, também  contribuiu para que ele acessasse suas referências de vida e memórias. “Revendo essa trajetória que culmina com minha primeira exposição como artista da galeria, avalio como coerente o estabelecimento dessa conexão com a coleção. Já havia uma certa intuição que me direcionava a rever minha produção artística a partir desse acervo de grandes nomes da arte contemporânea e popular brasileira aos quais fui apresentado”, avalia.


Nesse sentido, o de rever sua trajetória pessoal e artística, ele estabelece uma analogia recorrendo a um verso do poema “Às Vezes entre a Tormenta”, de Fernando Pessoa, que diz: Porque verdadeiramente sentir é tão complicado que só andando enganado é que se crê que se sente. “Para mim, para se entender é preciso errar. Nesse verso, Pessoa resume de forma profunda o sentido do exercício poético. E o ateliê é esse lugar onde temos a liberdade de errar, de andar enganado. Mas também é o local onde podemos exercer perseverança, paciência e, se tudo der certo, ser surpreendido por algo revelador”, afirma.


A revelação, neste caso, virá a público a partir de 19 de outubro, quando serão conhecidas as obras selecionadas por Chiarelli para a mostra. Trabalhos idealizados em 2020 e produzidos, quase na totalidade, durante quatro meses em 2021. “Ano passado foi um laboratório diante de tantas incertezas. Fiz muitos estudos, aquarelas e esboços que acabaram moldando o estofo necessário para que eu desenvolvesse os trabalhos neste ano. A pandemia, com o isolamento social que se impôs, significou um momento de intensa produção e introspecção que reflete diretamente em meu processo de amadurecimento técnico, poético e afirmativo. A convivência contínua e por tanto no tempo no ateliê criou um vácuo de tempo, abrindo um universo particular propício à criação ao ativar memórias e estimular o exercício poético que move o campo das ideias e das reflexões. Essas obras, ao meu ver, são extensões do meu próprio corpo que materializam a energia que flui nesse espaço de criação”, afirma.


Afeto e memória, como não poderia deixar de ser, estão impregnados na poética de suas telas e permeiam seu apuro profissional ao dominar, de forma quase alquímica, a milenar técnica da têmpera a ovo. Ao combinar distintos materiais, soluções e pigmentos, a criatividade de André se expressa em traços e formas que imprimem na tela uma rica e variada cartela cromática. “Na minha obra, a cor funciona muito como um indício de celebração, que também remete à abertura dessa exposição. A cor cria esse local de festa, que é tão presente tanto nas manifestações sociais quanto culturais. E a festa, vale lembrar, também é um lugar de resistência do saber popular”, finaliza.


SOBRE ANDRÉ RICARDO


Nasceu em 1985 na capital paulista, onde vive e trabalha, tendo passado boa parte de sua infância e adolescência nos bairros do Grajaú e Campo Limpo. Formado em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2006-20120), realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, Portugal e Espanha. Em suas composições, a recorrência ao cotidiano opera como disparador de um processo poético que se desdobra como uma espécie de crônica visual, expondo um universo imagético constituído no deslocamento pela cidade, pela contaminação de um repertório de imagens que se funde com a paisagem ou, não raro, é oriundo de memórias da infância. Sua pintura é dotada de uma inteligência cromática e construtiva capaz de abarcar os mais diversos temas de modo esquemático, com tendência a forma icônica, características que marcam sua aproximação a certa visualidade popular. A intersecção entre figuras reconhecíveis e elementos abstratos instigam o observador a completar o sentido da obra, convidando-o a projetar seu próprio repertório, não importando tanto o tema inicial, mas a própria familiaridade das formas como guia de novos olhares.


SOBRE A GALERIA ESTAÇÃO


Com um acervo entre os pioneiros e mais importantes do país, a Galeria Estação, inaugurada no final de 2004 por Vilma Eid e Roberto Eid Philipp, consagrou-se por revelar e promover a produção de arte brasileira não-erudita. A sua atuação foi decisiva pela inclusão dessa linguagem no circuito artístico contemporâneo ao editar publicações e realizar exposições individuais e coletivas sob o olhar dos principais curadores e críticos do país. O elenco, que passou a ocupar espaço na mídia especializada, vem conquistando ainda a cena internacional ao participar, entre outras, das exposições “Histoire de Voir”, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França), em 2012, e da Bienal “Entre dois Mares – São Paulo | Valencia”, na Espanha, em 2007. Emblemática desse desempenho internacional foi a mostra individual do “Veio – Cícero Alves dos Santos”, em Veneza, paralelamente à Bienal de Artes, em 2013. No Brasil, além de individuais e de integrar coletivas prestigiadas, os artistas da galeria têm suas obras em acervos de importantes colecionadores brasileiros e de instituições de grande prestígio e reconhecimento pelo acervo que reúnem, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo, o Museu Afro Brasil (São Paulo), o Pavilhão das Culturas Brasileiras (São Paulo), o Instituto Itaú Cultural (São Paulo), o SESC São Paulo, o MAM- Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o MAR , na capital fluminense.


 


(SERVIÇO)


ANDRÉ RICARDO:PINTURAS


Quando: 19 de outubro a 20 de novembro


Onde: Galeria Estação


Endereço: Rua Ferreira Araújo, 625 - Pinheiros, São Paulo


Horários de funcionamento: segunda a sexta, das 11h às 19h; sábados, das 11h às 15h; não abre aos domingos


Tel: 11 3813-7253
Email:contato@galeriaestacao.com.br


Site: http://www.galeriaestacao.com.br/


Instagram: @galeriaestacao

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